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sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Tartaruga Pré Histórica de Pernambuco




Tartaruga pré-histórica de Pernambuco conseguiu sobreviver ao período que se seguiu à extinção dos dinossauros e de boa parte dos répteis da Terra, informa estudo que tem como autora principal a doutoranda em geologia da UFPE Anny Carvalho, publicada na revista especializada "Zootaxa". A espécie media apenas 50 cm de comprimento e ainda é um mistério como sobreviveu a uma época (o Paleoceno) em que a disputa por alimentos e recursos era feroz. Seu habitat era o mar pré-histórico onde hoje fica o estado de Pernambuco. As informações são do jornal Folha de S. Paulo, que trouxe na edição deste sábado matéria sobre a descoberta. 

"Ainda não podemos determinar o motivo específico para ela ter sobrevivido, mas as tartarugas sobreviveram a várias extinções. A carapaça tem uma função de proteção importante", afirmou Anny Carvalho.

Na opinião da paleontóloga da UFPE Aline Ghilardi,o tamanho pequeno e a alimentação variada da tartaruga pernambucana foram fatores que auxiliaram a sobrevivência do animal. Ghilardi também participou do estudo publicado na 'Zootaxa.'

Segundo o estudo, a tartaruga provavelmente era carnívora. Ela foi batizada pelos autores do trabalho como Inaechelys Pernambucensis, que significa "a tartaruga rainha do mar de Pernambuco", informa a matéria da Folha de S. Paulo. O nome faz referência à Iemanjá e foi uma forma de os pesquisadores prestarem uma homenagem à cultura afrobrasileira.

A "rainha do mar pernambucana" não tem relação com as tartarugas atuais, mas o estudo dessa espécie pode dar indicativos importantes não só sobre a evolução das tartarugas, mas também de outros animais.


O fóssil da tartaruga pré-histórica pernambucana (uma parte da carapaça e alguns ossos) "foi encontrado na chamada pedreira Poty, cerca de 30 km ao norte do Recife", diz a Folha. "A descoberta foi possível porque a mineradora tem uma parceria com os cientistas, enviando periodicamente material de interesse para a universidade".